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Em defesa da Fé Católica: Por que sou católico?

A fascinante história da Igreja fundada por Jesus e edificada sobre Pedro. Sinal vivo da presença de Cristo ao longo dos séculos.

Formação

As principais dúvidas sobre a Fé respondidas por padres.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Celebração: Primeira Eucaristia 16/12/2012

Partilho com vocês as fotos da celebração da Primeira Comunhão Eucarística aqui na Paróquia Santa Rita de Cássia que aconteceu no dia 16 de Dezembro.
O momento da entrada:

Nosso pároco Padre Zezinho presidiu  a emocionante celebração:

O catequista Emanoel(Crisma) e a catequista Jéssica(Pré-Catequese) fizeram as leituras:


Alguns dos 73 que receberam pela primeira vez o Senhor Jesus realmente presente na Sagrada Eucaristia:
O momento da entrada dos símbolos Eucarísticos:
Os catequizandos em oração, depois de terem tido a  alegria do encontro pessoal com o Senhor na Sagrada Eucaristia:

Os agradecimentos aos catequistas que dedicaram 2 anos a missão da evangelização, de falar do amor de Deus e de ajudar as crianças a seguirem os ensinamentos de Cristo:
Na Ordem: João Carlos, Andrelina, Patrícia, Amanda, Leno, Gessânia, Nazaré, Célia.


sexta-feira, 12 de outubro de 2012

"Salve, Rainha da Amazônia" por Dom Alberto Taveira

Nesse tempo em que aqui no Pará vivemos a festa do Círio de Nazaré e lembramos do que o Padre Antônio Maria nos diz na letra da música "Senhora da Berlinda": 'Puxar a corda da berlinda é para mim O compromisso de levar-te e te seguir. Pelos caminhos desta vida até o fim, É só fazer aquilo que Jesus pedir' transcrevo a reflexão do Arcebispo de Belém sobre a belíssima oração  Salve Rainha:

Nossa “Salve, Rainha” da Amazônia começa com a alegria de nosso povo. Do mesmo modo que o Anjo Gabriel foi portador da notícia mais alvissareira de toda a história, faz parte de nossa vida anunciar a bondade e a alegria. Nosso povo gosta de festa, gosta de dança, de ritmo e de canto. O Círio de Nazaré é nossa festa! Nele tudo é grande. Grande sua preparação, grandes as multidões, grande a alegria das famílias, grande o nosso “Feliz Círio” tantas vezes repetido. Salve, salve, Maria de Nazaré, nossa Rainha da alegria, a vós clamamos:


Salve, Mãe de Misericórdia. Sois bem vinda no meio de um povo de história calejada. Trazemos as cicatrizes de nossa história. Queremos sempre acertar, mas quando vedes a penitência que muitos fazem em nome de todos, é porque sabemos que somos frágeis, pecadores confiantes no perdão que vem da Cruz do vosso Filho amado. Salve, Mãe de Misericórdia.

Vida, doçura, esperança nossa, salve! Nossas muitas águas precisam da âncora da esperança. Aprendemos a olhar além das ondas da maresia da tarde. Ajudai o barco de nossa existência a alcançar a meta de nossa viagem. Conduzi-nos, Mãe e Rainha, a porto seguro. Dai-nos a doçura do vosso olhar, para apaziguar nossas irritações e ansiedades. Venha convosco a paz de Nazaré. Salve, Maria, Senhora da Esperança!

A vós bradamos, os degredados filhos de Eva. Com vosso olhar de Mãe, vede quantas pessoas entre nós carregam saudades do próprio torrão natal. Vinde consolar os que são demasiado sentimentais! Vinde oferecer colo de mãe para quem está longe da família! Vinde, Maria de Nazaré, abrir vossos braços e vosso manto para agasalhar a todos. Salve, Rainha, Maria de Nazaré, aquela que com o “Ave” inverte o nome de “Eva”. Ave, Maria!


A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Maria, Boa Mãe, andamos recolhendo por aí muitas lágrimas, desejando que, depositadas em vosso colo materno, se transformem em cristais brilhantes de amor e generosidade. Recolhei, em nome de Jesus, em nosso Círio que é vosso Círio, o suor e o cansaço dos romeiros de toda parte, o desejo de cumprir as promessas feitas, a alegria da graça alcançada e os mistérios escondidos atrás de tantos olhares! Salve, Maria, Senhora das Dores e da Piedade!

Eia, pois, Advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei. Maria, nosso povo vos reconheceu Mãe, Rainha, Consolação, Advogada. Se réus culpados ou inocentes, gritamos confiantes e vos dizemos que um olhar amoroso de vossa parte já será suficiente para trazer pelas ruas de nossa vida as cordas rompidas e abençoadas, transformadas em elos da corrente de amor nascida em Nazaré. Salve, Rainha, Maria dos gritos e das cordas, Maria de Nazaré!

E depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre. Conduzi-nos a Jesus, dizendo-lhe do vinho que nos falta, ou da alegria da festa, ou o consolo desejado e ardentemente suspirado. Só queremos conhecer Jesus e com Ele viver! Salve, Nossa Senhora de Nazaré do Desterro! Ave, Maria!

Ó clemente, ó pia, ó doce sempre Virgem Maria. Maria, Nossa Senhora. Já sabemos porque ninguém resiste ao Círio! É porque a Igreja vos mostra a nós, Mãe de Clemência, Mãe Piedosa, Sempre Virgem! É porque o mundo grita por estas virtudes, abundantes em vós, suspiradas por nós. Salve, Rainha!

sábado, 11 de agosto de 2012

"Carta aos Pais" por Dom Alberto Taveira

"Vocês não são esquecidos por Deus nem pela  Igreja."                                                                                   

Dirijo-me, hoje, com grande alegria no coração, a todos os homens que receberam a graça da paternidade, participação misteriosa e sempre carregada de surpresas no ato criador de Deus. Com as mulheres, mães com as quais geraram vidas, vocês são indispensáveis à continuação da espécie humana sobre a terra, e mais ainda indispensáveis para serem imagens do Pai do Céu, a quem chamamos de “Pai nosso”.

Em cada homem que se fez pai, quero saudar o exercício sadio da masculinidade, agradecendo-lhes pela vocação que Deus lhes confiou de serem personalidades carregadas de força e, ao mesmo tempo, de grande ternura. A todos peço para valorizarem o dom de conquistarem, sadiamente, o maravilhoso mundo feminino, presente no recesso do lar que Deus lhes concedeu. Se casados há pouco ou muito tempo, não importa, suplico a Deus para todos os esposos a graça de redescobrirem o namoro permanente, feito de olhares e carinhos, surpresas e gestos gratuitos de atenção. A vocês foi entregue a tarefa de serem testemunhas do amor misericordioso do “Pai nosso”.                                                                                                                                                                        


Tomo a liberdade de entrar na casa daqueles homens que são pais, mas ainda não descobriram a beleza de um Sacramento feito para o homem e a mulher que se amam. De fato, o Matrimônio é graça de Deus, do mesmo modo que o Batismo, a Crisma, a Eucaristia e outros Sacramentos. Ele é um presente de Deus, não instituído para dar mais ou menos sorte a quem quer que seja, mas para transformar o casal que o recebe num sinal do amor de Cristo e da Igreja. Serve para que você, pai, aponte, com sua vida e seu amor, para aquele que, sendo “Pai nosso”, quer ser servido e amado por todos os homens e mulheres. Você é chamado a se casar na Igreja!



Sei que há muitos pais que perderam filhos ou filhas e não os esqueço, como o “Pai nosso” não os esquece. Trata-se algo muito sério, pois relembro muitos homens aos quais me foi dada a graça de ajudar em momentos dolorosos. Quantas lágrimas correm de rostos enrijecidos pelas lutas da vida, quando o sofrimento bate à porta. Se palavras muitas vezes são insuficientes para consolá-los e às suas esposas e famílias, aceitem a presença da Igreja, que quer, mesmo no silêncio, dizer-lhes que não estão sós. Desfrutem a companhia da Comunidade católica, com a qual vocês, pais da terra, podem rezar o “Pai nosso”.



Queridos pais, muitas vezes suas mãos calejadas, ou os rostos cansados, os passos corridos de quem vai para o trabalho, uniformes ou ternos, empregos formais ou não, foram usados como sinal do que vocês representam, a força de trabalho na sociedade. Ainda que tantas mulheres tenham trabalho, cargos e responsabilidades fora de casa, vocês são vistos como os provedores das famílias. E o provedor “providencia” e acaba muito parecido com aquele que é o Senhor da Providência, a quem pedimos o pão de cada dia, quando rezamos o “Pai nosso”. Em nome da Igreja, reconheço todo o bem que fazem, o valor de seus esforços, sua labuta, seu cansaço, seu desejo de melhores condições de vida para suas famílias.



Dirijo-me agora aos pais que fazem muito e falam pouco, cuja dedicação e consciência são pouco conhecidas aos olhos humanos, mas patentes aos olhos de Deus. Vocês não são esquecidos por Deus nem pela Igreja. Desejo que Deus os faça superar a timidez e os ajude a se introduzirem mais e mais na vida das comunidades cristãs. Ajudem-nos a sermos bem realistas em nossas decisões. Ajudem seus filhos, sem se omitirem na hora da correção. Mostrem o rumo, pois esta é a graça própria da paternidade. Afinal de contas, o “Pai nosso” quis contar com vocês!



Conheço também muitos homens que não experimentaram a fecundidade e por um motivo ou outro não tiveram filhos. Muitos de vocês deram um passo bonito, junto com suas esposas, assumindo filhos dos outros, através da adoção. Outros se tornaram pais de muitos outros, com sensibilidade social apurada, ajudando a quem precisa. Com todos estes homens, podemos dizer “Pai nosso”, porque na fecundidade do Pai do Céu cada um pode encontrar seu modo de fazer o bem e participar de seu amor infinito.



Lanço agora meu olhar para os que ainda não são pais, mas querem sê-lo, os jovens ou adultos que se sentem chamados ao casamento e à fecundidade do matrimônio. Lembrem-se de que esta é uma vocação, um chamado, uma graça de Deus a ser acolhida e vivida com alegria. Não tenham medo das responsabilidades! Busquem o casamento e a família e não aventuras fortuitas. Saibam preparar-se bem para se realizarem na participação do mistério do “Pai nosso”.



Enfim, há homens que foram chamados a outro tipo de paternidade, pois Deus lhes concedeu a graça de serem pais da grande família de seus filhos na Igreja. São tão importantes que nós os chamamos “padres”, mais fecundos do que qualquer pai de família. A eles agradeço por nos ensinarem a rezar o “Pai Nosso” e por gerarem os filhos de Deus pela Palavra e pelos Sacramentos.



Com todos os pais no dia que lhes é dedicado, qualquer que seja sua idade ou situação, fazemos o que existe de melhor, rezando juntos: “Pai nosso, que estais nos Céus, santificado seja o vosso nome, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal”.



Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém - PA
Dom Alberto Taveira foi Reitor do Seminário Provincial Coração Eucarístico de Jesus em Belo Horizonte. Na Arquidiocese de Belo Horizonte foi ainda vigário Episcopal para a Pastoral e Professor de Liturgia na PUC-MG. Em Brasília, assumiu a coordenação do Vicariato Sul da Arquidiocese, além das diversas atividades de Bispo Auxiliar, entre outras. No dia 30 de dezembro de 2009, foi nomeado Arcebispo da Arquidiocese de Belém - PA.

sábado, 26 de maio de 2012

Exemplo de Esposa, de Mãe e de Religiosa: Santa Rita de Cássia

 Com a  festa da Padroeira de nossa Paróquia: Santa Rita de Cássia, compartilho a belíssima história da santa das causas consideradas impossíveis:


"Mas qual é a mensagem que esta santa nos transmite? É uma mensagem que emerge da sua vida: humildade e obediência foram a via pela qual Rita caminhou para uma semelhança sempre mais perfeita ao Crucificado.O estigma que brilha na sua testa é a autenticação da sua maturidade cristã."
                                                                            (Papa João Paulo II)   
   Aquela que no futuro seria conhecida como a advogada dos desesperados nasceu em 1381 no vilarejo de Roccaporena, na região de Cascia, na Úmbria (centro da Itália). Seus pais - Antonio Mancini e Amata Ferri - formavam um casal exemplar, e gozavam de fama de reconciliadores pela habilidade que tinham em desfazer inimizades e pôr fim a disputas, sendo por isso apelidados de "pacificadores de Cristo". Entretanto, uma grande tristeza toldava-lhes a alma, pois não tinham filhos. Apesar de já estarem avançados em anos, continuavam rogando aos Céus para que lhes fosse concedido um herdeiro. Essa fé inabalável foi agradável a Deus, que atendeu o pedido renovando em favor desse casal o milagre que havia operado outrora com Sant’Ana e Santa Isabel. Mais ainda: um anjo apareceu à feliz futura mãe, comunicando-lhe que daria à luz uma filha, que seria muito amada de Deus e estimada por sua eminente virtude. Os pais deveriam dar-lhe o nome de Margarida (em italiano, Margherita). Com o diminutivo Rita, a futura Santa seria conhecida universalmente.

    Conta-se que quando Antonio e Amata iam trabalhar nos campos, colocavam sua filhinha num cesto de vime e abrigavam-na à sombra das árvores. Um dia, a criança sonhava, com os olhos voltados para o céu azul, quando um grande enxame de abelhas brancas a envolveu, fazendo um zumbido especial. Muitas delas entravam em sua boca e aí depositavam mel, sem a ferroar, como se não tivessem ferrões. Nenhum gemido da criança para chamar seus pais; ao contrário, dava gritinhos de alegria. Enquanto isso, um lavrador que estava próximo feriu-se com uma foice, dando um grande talho na mão direita. Dirigindo-se imediatamente para Cássia, a fim de receber os necessários cuidados médicos, ao passar perto da criança viu as abelhas que zumbiam ao redor de sua cabeça. Parou e agitou as mãos para livrá-la do enxame. No mesmo instante, sua mão parou de sangrar e o ferimento se fechou. Gritou de surpresa, o que chamou a atenção de Antonio e Amata que acorreram ao local. O enxame, por alguns instantes disperso, voltou ao seu lugar e mais tarde, quando Rita foi para o mosteiro de Cássia, as abelhas ficaram nas paredes do jardim interno. Esse fato é relatado pelos biógrafos da santa e transmitido pelas tradições e pinturas que a ele se referem. A Igreja, tão exigente para aceitar as tradições, insere esta circunstância nas lições do Breviário. Tendo atribuído o nascimento de Rita a um milagre, seus pais também atribuíram este acontecimento a um prodígio divino.
Infância e adolescência de Rita
      Já na infância Rita se destacava em casa pela inclinação à piedade e à união com Deus pela oração, e assim seus pais adequaram um pequeno cômodo da casa montando ali um oratório, onde ela passava agradáveis momentos em oração. Apesar de analfabetos, Amata e Antonio procuravam transmitir à menina os edificantes conhecimentos da vida de Jesus, da Virgem Maria, e dos santos populares, e assim Rita cresceu dócil, respeitosa e obediente para com seus idosos pais. Aos oito anos inclinou-se a consagrar sua virgindade a Jesus, esposo das virgens, mas segundo os costumes da época resignou-se à vontade de seus pais, e ao fim da adolescência casou-se com o jovem Paolo Ferdinando, fonte de muitos sofrimentos durante a vida matrimonial.
 Família, igreja doméstica: sofrimentos e provações
Seu esposo, descrito como um indivíduo pervertido e impulsivo, de caráter feroz e sem temor a Deus, não admitia opiniões diferentes da sua. Muitas vezes injuriava a esposa sem motivos, mas ela nunca respondia com ressentimento ou queixas. Rita lhe era obediente, pedindo-lhe permissão até mesmo para ir à igreja. O martírio de Rita durou 12 anos. Tocado enfim pela tão heróica virtude que via em sua esposa, Paulo começou a mudar. De colérico, altivo, soberbo e dissoluto, passou a ser modesto, humilde, casto e virtuoso.
Agradecendo muito a Deus, Rita esforçou-se então para incentivar o marido e os dois filhos, que a Providência lhe dera, a progredirem na senda da virtude.
Entretanto, não há felicidade completa nesta terra. Paulo Ferdinando foi assassinado por inimigos políticos, a quem ele outrora havia ofendido. Foi um choque tremendo para Rita, que procurou por orações e obras meritórias sufragar a alma do marido, tendo a santa viúva feito um corajoso ato heroico: perdoou os assassinos.
Prefere que os filhos morram antes que cometam pecado
Como viúva, Rita foi também um modelo, a exemplo do que fora como virgem, esposa e mãe. Dedicou-se de corpo e alma a seus dois filhos, suplicando-lhes continuamente que perdoassem os assassinos do pai, e que não procurassem vingança.
Mas eles, logo após a adolescência, juraram vingar o horrendo crime. De nada valeram os pedidos e as lágrimas da mãe. Esta, então, tomou uma resolução heróica: pediu a Deus que, se eles persistissem nesse intento e fossem ofendê-Lo com tal pecado, que lhes fosse tirada a vida. João Tiago e Paulo Maria adoeceram, mas receberam continuamente os cuidados da diligente mãe, que lhes obtinha todos os remédios então disponíveis para lhes conservar as vidas, e então, reconciliados com Deus e tendo perdoado os assassinos do pai, partiram para a eternidade (o que aconteceu cerca de um ano após a morte de Paulo Fernando, junto a quem foram sepultados). Dir-se-ia que Rita ficou só, no mundo, mas na mais perfeita das solidões, pois tinha Deus consigo.
Um hino à Santa Rita, do século XVI, lança luzes sobre o momento:  
“Foste mãe cheia de amor para com teus filhos
foste mãe plena de lágrimas quando impediste a vingança
para que eles não provassem o suplício da morte cruel”
Deus é quem lhe proporciona a entrada no convento
       Não mais tendo obrigações matrimoniais ou maternais, Rita aperfeiçoou-se na prática das virtudes, dedicando-se à caridade e à oração, mas isso não era suficiente para quem estava tomada pelo amor a Deus, e que desde a infância aspirava à vida religiosa. Ao passar junto aos conventos e mosteiros, sentia uma atração interior para a vida dos claustros, tendo uma santa inveja das almas virgens que ali estavam encerradas em total entrega a Jesus, mas pelo matrimônio um muro intransponível se elevara entre ela e a vida conventual: segundo as normas e regras então vigentes era-lhe vedado o ingresso na vida que tanto aspirava. Rita queria uma coisa impossível: batendo às portas do convento das religiosas agostinianas de Santa Maria Madalena, recebeu da madre superiora a resposta negativa apesar da boa impressão que causou, pois ali só se admitiam mulheres solteiras, não sendo possível o ingresso de quem já tivera vida matrimonial.
Resolveu então transformar sua casa num lugar de retiro, onde pudesse viver inteiramente isolada, como a mais observante das eremitas.
Certa noite ouviu alguém a chamar pelo nome: "Rita, Rita"... Ninguém parecia estar ali, e tendo retornado às orações ouviu novamente seu nome ser chamado: "Rita, Rita". Indo à porta deparou-se com três pessoas, e nelas reconheceu São João Batista (que, como ela, fora concebido na velhice dos pais), Santo Agostinho (fundador da família agostiniana, por ela tanto admirada) e São Nicolau de Tolentino (religioso agostiniano), os quais a convidaram a segui-los. Chegando ao convento de Santa Maria Madalena, onde fora por três vezes recusada, a porta estava evidentemente bem fechada, pois era o momento em que as religiosas dormiam, mas seus três protetores fizeram com que ela inexplicavelmente se visse conduzida ao interior do imóvel. Ao se reunirem para as obrigações matinais, as religiosas se surpreenderam ao encontrarem Rita rezando na capela, e tendo constatado que a porta não fora arrombada e que não havia sinal algum que explicasse a entrada da viúva por meios humanos, creram no relato que dela ouviram, reconhecendo assim a vontade de Deus: uma nova alma foi então recebida naquela família religiosa. Rita desfez-se de seus bens, abraçando assim formalmente a pobreza evangélica, continuou a manter a castidade na viuvez depois de ter passado pelo estado matrimonial, e tornou-se submissa à autoridade da madre superiora, renunciando até mesmo à própria vontade.
Rita começou seu noviciado como a mais fervorosa das noviças. Embora procurando fugir de toda singularidade, cumpria eximiamente todos os pontos da regra.
Para provar sua obediência, a superiora mandou que regasse todos os dias um tronco seco de videira. Com a maior simplicidade ela desincumbia-se da tarefa, até que um dia, milagrosamente, o tronco germinou e dele nasceu a parreira que até nossos dias se pode ver no convento de Cássia. As religiosas enviavam cachos de uvas dessa parreira ao Santo Padre.
Em sua testa, um espinho da Coroa de Espinhos
“Ó, amado Jesus! Aumenta minha paciência na medida que aumenta meus sofrimentos”, era a súplica que dirigia ao Divino Mestre durante seus longos instantes de meditação diante do Crucificado. Após anos de sofrimentos, ainda se dispõe a viver mais intimamente com Nosso Senhor, na contemplação dos mistérios de nossa redenção.
Certo dia, ouvindo as palavras de Nosso Senhor no Evangelho, “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”, entrou em êxtase e compreendeu o significado mais profundo dessas palavras.
Outra vez, ouvindo um sermão de São Tiago das Marcas sobre a coroação de espinhos, sentiu uma tal compunção, que pediu a Nosso Senhor a graça de participar, pelo menos um pouco, desse divino mistério. No mesmo instante, sentiu uma violenta dor na cabeça, como se esta fosse pressionada por espinhos. E viu sair do crucifixo diante do qual rezava um raio de luz dirigido à sua testa, sentindo nela penetrar um agudo espinho. Este provocou tão repugnante chaga, que exalava mau odor.
 A imagem no altar de nossa Paróquia, nos recorda tão grandioso milagre:

Antes de Rita, somente um santo recebeu os estigmas: Francisco de Assis, em 1225. 
João Paulo II,  assim se refere à chaga de Rita: 

Aquilo que os estigmas foram para O Pobrezinho, o espinho foi para Rita: um sinal, àquele e este, da direta associação á paixão redentora de Cristo Senhor, coroado de dolorosos espinhos após a cruenta flagelação e, sucessivamente, atravessado pelos pregos e golpeado pela lança no calvário. Assim foi com Cristo, modelo supremo; assim foi com Francisco; assim foi com Rita. Na verdade, também ela sofreu e amou: amou a Deus e amou as pessoas; sofreu por amor de Deus e sofreu por causa dos homens”. 

O estigma é ainda verificável.  Em 1972, quinhentos anos depois, um médico perito assim descreveu a superfície craniana de Rita: 

Podemos constatar que se apresenta lisa, com exceção de uma pequena região [...] que aparece um pouco rugosa. Nesta zona rugosa, e precisamente pelo lado interno, se nota bem saliente um pequeno sinal linear, com largura aproximada de 25 milímetros, comprimento de meio milímetro e profundidade que vai até a cavidade crânica, como se pode provar penetrando-a com uma agulha fina. Pode-se discutir longamente sobre a origem dessa alteração óssea [...] mas simplesmente supor que essa lesão pode ter sido provocada por algum trauma como um corpo contundente, ou com um violento choque contra uma saliência cortante, ou também por instrumento agudo que, penetrando com força, atravessou o osso”.  É a ciência testemunhando aquilo que aconteceu com a Santa. 
Isso fez com que Rita vivesse os últimos 15 anos de sua vida isolada das outras irmãs e mais entregue à contemplação. Só uma vez desapareceu milagrosamente tal chaga. Foi quando ela quis ir a Roma com as outras irmãs, para ganhar um jubileu, e sua Superiora não o quis permitir por causa do mau odor que desprendia sua chaga. Ela rezou, e a chaga fechou-se sem deixar mesmo cicatriz. Logo que voltou ao seu convento após a viagem a Roma, a chaga reabriu-se e permaneceu até sua morte.
Entretanto, a fama da santidade de Rita extravasou os muros do convento, e muita gente vinha para vê-la. Ela previa os acontecimentos, tinha entendimento dos mais recônditos mistérios e operava milagres.
Nos últimos quatro anos de sua vida, padeceu dolorosa enfermidade, durante a qual demonstrou, em meio às dores, tranqüilidade e paciência inalteráveis. Nesse período, operou-se um milagre que se tornou universalmente conhecido. Uma amiga, que a foi visitar, perguntou-lhe se queria algo. Rita respondeu que gostaria muito de receber uma rosa e uns figos do jardim de sua antiga propriedade em Roccaporena. Estava-se no maior rigor do inverno europeu, quando a natureza parece morta. Embora estranhando muito tal pedido, a amiga foi ao citado jardim e, maravilhada, viu bonitas rosas e uma figueira carregada de frutos, que colheu e levou à Santa. Esse fato prefigurava nova rosa que em breve ornamentaria o Paraíso, e o fruto que Jesus colheria na Terra para, lá no Céu, se deliciar, e até hoje é tradicional a Bênção das Rosas, as quais são levadas aos enfermos, alusão à roseira que milagrosamente floriu em pleno inverno e que confortou Rita em sua enfermidade. Por fim, confortada pelos Sacramentos, Rita foi chamada à Casa do Pai, em 22 de maio de 1457, quando contava 76 anos de idade e quatro décadas de vida religiosa. Não deixou escritos (cartas, livros, diários: nada disso existe), mas apenas os exemplos e as lembranças de sua vida de santidade. Registrou-se, nos anais da História, que os sinos do convento e da cidade de Cássia soaram sem serem acionados por mãos humanas.
Santa Rita de Cássia
Com a morte de Rita a ferida na testa, antes repugnante, tornou-se brilhante e limpa, exalando odor perfumado. A exposição de seu corpo para o último adeus dos numerosos peregrinos que acorreram ao convento foi-se estendendo dia após dia, e acabou por não haver sepultamento formal, mas o cadáver não sofreu a habitual decomposição, podendo até hoje ser sua face apreciada pelos que visitam a capela do convento onde a Santa das Coisas Impossíveis viveu. Filha obediente, esposa maltratada, mãe amorosa, viúva confiante, religiosa estigmatizada... tantos adjetivos haveria para se aplicar a essa agostiniana de espírito, e que não descansou enquanto não se tornou religiosa de fato, mas todos eles se resumem nessas palavras que são motivo de esperança por parte de todos os seus devotos: padroeira das coisas impossíveis e das causas desesperadas.
  Rita de Cássia foi beatificada no dia 2 de outubro de 1627. Nesse dia, celebraram-se em Cássia solenes cerimônias. Porém, na procissão que se formara, ocorreu viva discussão entre clérigos seculares e religiosos sobre quem devia ter a precedência. Nesse momento, em presença de milhares de peregrinos, o corpo de Rita abriu os olhos, que refulgiram como o de pessoa viva. Os gritos de “milagre!”, “milagre!” fizeram com que a disputa terminasse.


Outro milagre foi a conservação de seu corpo até nossos dias. Até pelo menos o início do século XX — passados, portanto, mais de quatro séculos de sua morte — no dia de sua festa, o corpo da Santa levantava-se do fundo do relicário onde está, até a superfície da grade do coro das religiosas. Notou-se também que, de tempos em tempos, o corpo muda de posição. Por exemplo, em 1926, sua face, que estava voltada para aqueles que a ela dirigiam suas preces, moveu-se, passando a olhar para o Céu.
      Sua canonização ocorreu em 24 de maio de 1900, quando o papa Leão XIII a incluiu na lista dos Santos da Igreja.
      Roccaporena se tornou o lugar sagrado da devoção à Santa. Ali se guardava um casaco de Rita, cuja imposição curava as febres e socorria as mulheres no momento do parto.
     Sua casa em Roccaporena foi a única a não ser destruída no terremoto em 1599 e foi transformada em capela. Cássia tornou-se conhecida em todo o mundo por ter hospedado e visto a glória de Santa Rita.
 Diz-se que Santa Clara de Assis é a clara da Úmbria e Santa Rita, a gema.


Fontes: Arautos do Evangelho; Revista Catolicismo
      Confira no vídeo abaixo o resumo da vida da santa feito pela Canção Nova:


      E a linda música: Fostes a Rosa Preferida


Ah! Não há rosas sem espinhos. Não no canteiro de Jesus. Lá quem quiser ganhar a vida. Tem que levar a sua cruz. Neste jardim foi semeada. Rita de Cássia, a rosa flor. Que deixou tudo nesta vida. Porque entendeu o que é o amor. Nem sofrimentos e família. Desiludiu sua decisão. Seguir somente Jesus Cristo. Jamais trair seu coração.
FOSTES A ROSA PREFERIDA. Ó SANTA RITA DE JESUS. ENSINAS-ME LIÇÃO DE VIDA. SOFRER AMAR, LEVANDO A CRUZ.
Na amarga vida, ó Santa Rita. Quem sabe amar, sabe sofrer. E no silêncio que tortura. Aprende a arte de viver. O teu semblante refletia. Da tua vida o esplendor. A luz brilhante da alegria. De expressar nosso Senhor. O teu perfume tão divino. Faz nosso povo então sonhar. Mesmo sofrendo nessa vida. Só é feliz quem sabe amar.
FOSTES A ROSA PREFERIDA. Ó SANTA RITA DE JESUS. ENSINAS-ME LIÇÃO DE VIDA. SOFRER AMAR, LEVANDO A CRUZ.
Santa mulher dos impossíveis. Abençoai as nossas rosas. Para os momentos mais difíceis. Que sejam flores milagosas. Remédio para as nossas dores. Bálsamo para o coração. E quando houver desamores. Entre os casais haja união. Daí_nos o teu Jesus querido.Para que possamos caminhar. E abraçando a nossa cruz. Também possamos nos salvar.
FOSTES A ROSA PREFERIDA. Ó SANTA RITA DE JESUS. ENSINAS-ME LIÇÃO DE VIDA. SOFRER AMAR, LEVANDO A CRUZ.


domingo, 15 de abril de 2012

Missa em 3D?!


      Compartilho um texto formativo publicado por Renan Félix Bacharel  em História e Seminarista da Comunidade Canção Nova, pelo Instituto Teológico Diocesano Bento XVI, em Cachoeira Paulista (SP), do blog http://blog.cancaonova.com/renanfelix:
     A moda agora é o 3D! De uns tempos pra cá, o mundo está sendo bombardeado com uma série de produtos com tecnologia de imagem em três dimensões. O que há de melhor em TVs, computadores, filmes, vem com uma tecnologia própria para criar imagens tridimensionais. Entre um filme “comum” e um em 3D – mesmo pagando mais caro – nós vamos escolher a novidade do momento. Afinal, somos uma geração que adora novidades! Por falar em novidade, e se te dissessem que existe Missa em 3D? Você acreditaria? E se ainda afirmassem que essa “novidade” é muito mais antiga do que você pensa? Pois é! É a mais pura verdade!
        Falar de tecnologia de imagem em 3D, é falar de imagens comuns, manipuladas de uma forma à iludir nosso cérebro. Na realidade a terceira dimensão não existe, é apenas uma ilusão da sua mente. É a sua percepção que faz a diferença no 3D. É por isso que os óculos especiais são essenciais. São eles que enganam o nosso cérebro e nos fazem ver tudo saltando da tela. Na verdade mesmo, é tudo ilusão! Ficamos horas com aqueles óculos na cara, tendo a sensação de estar dentro daquela cena, aquela com aquele ator, com aquela atriz de tirar o fôlego. Tem gente que até estica os braços para ver se alcança, mas o máximo que pega é…nada. Tudo é só ilusão.

        Aí vem a grande novidade: a Missa em 3D não é ilusão! É verdade! É real! “Mas como assim?”. Calma, nós vamos explicar!
Quando você vai a Missa em qualquer lugar do mundo – seja na capelinha perto da roça do vô ou numa grande catedral – você está entrando na Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. Você está lá no Calvário, ao lado da Virgem Maria, aos pés da cruz. Você está lá! Você entra no mistério! Você não só assiste tudo, mas você participa. Entra você, sua vida, sua família, seus problemas, suas vitórias, seus sonhos, suas dores. Entra você inteiro! Você está lá! Não é ilusão!
         “Então é igual um portal no tempo?” Se você pensou assim, lembrando dos desenhos da infância e dos super-heróis da TV, tudo bem. Não é bem desse jeito, mas ao pensar assim, você não está totalmente errado. Na verdade, o sacrifício salvador de Jesus é algo tão grande que não cabe na história, no tempo como o conhecemos. Vai além dele, transbordando em toda a história.
       A Santa Missa atinge as três dimensões do tempo como o conhecemos: passado, presente e futuro. Opa! Três dimensões do tempo? 3D?! Isso mesmo! Sacou porque a Missa é em 3D? 3D = Três dimensões = Presente + Passado + Futuro. Daí você entende que na realidade, não inventaram uma Missa em 3D só para seguir o modismo, mas que Jesus instituiu a Eucaristia em “tecnologia 3D”, maior que o tempo, capaz de atingir as realidades presentes, passadas e futuras não só do mundo, mas também da sua vida. A Santa Missa acontece num eterno presente, em um hoje que não passa. Muito louco, não é? E o melhor: não é ilusão. É a mais pura realidade.
         Pode ser que você nunca tenha percebido isso, ou pior, sempre sentou no banco da igreja e achou tudo aquilo muito chato. Pode ser também que não te ofereceram um óculos na entrada ou você nunca se ligou em pedir. Sim, para realmente participar da Missa e ver tudo em “3D” é preciso um par de óculos: os óculos da fé. Só quem tem fé, só quem faz a experiência com Jesus vivo e ressuscitado, vai perceber que não está em um teatro ou numa repetição de acontecimentos passados. Lembra que quando falamos de 3D, dissemos que é a sua percepção que faz a diferença? Só quem se deixou encontrar pelo Senhor é capaz de ir além dos sentidos e experimentar a ação da salvação de Cristo em sua vida. Salvação que age em três dimensões, atingindo o seu passado ferido, o seu presente instável e o seu futuro cheio de medos. É preciso os óculos da fé, que não vende na net, mas que são dados gratuitamente, pelo Senhor, a quem os pedir.
        É muito bom se divertir com imagens saltando da tela diante dos seus olhos. Muito melhor é saber que você está aos pés da cruz do Senhor. Que você realmente está lá. Que não é ilusão. Quem participa da Santa Missa com os “óculos” da fé, é capaz de ir além do sensível, de ver além do tempo, de olhar para o altar e atualizar com a sua vida, as palavras do centurião romano: “Na verdade, este homem é o Filho de Deus!” (cf. Mc 14, 39).
       Se abra à essa novidade! Santa Missa em 3D: Agora. Em uma igreja perto de você!
Seu irmão,
Renan Félix
renan@geracaophn.com

quinta-feira, 5 de abril de 2012

A Via Sacra



"Só quem seriamente ponderou quão pesada é a Cruz pode conceber quão pesado é o pecado."
                                                                                            Santo Anselmo de Cantuária
"Fixemos o nosso olhar em Jesus Crucificado e peçamos, rezando: Iluminai, Senhor, o nosso coração, para Vos podermos seguir pelo caminho da Cruz; fazei morrer em nós o «homem velho», ligado ao egoísmo, ao mal, ao pecado, e tornai-nos «homens novos», mulheres e homens santos, transformados e animados pelo vosso amor."
                                                                                                                      Papa Bento XVI
      Realizada normalmente durante a Semana Santa e nas sextas-feiras do período da Quaresma, a via-sacra é um ato litúrgico celebrado pela Igreja Católica para relembrar a paixão e morte de Jesus Cristo. Durante a cerimônia, enquanto o sacerdote lê trechos dos Evangelhos, os católicos meditam diante de uma série de quadros que representam as principais cenas da saga de Jesus.


     Esta maneira de meditar teve origem no tempo das Cruzadas (século X). Os fiéis que peregrinavam na Terra Santa e visitavam os lugares sagrados da Paixão de Jesus, continuaram recordando os passos da Via Dolorosa de Jerusalém. Em suas pátrias, compartilharam esta devoção à Paixão. O número de 14 estações fixou-se no século XVI.


      Esses quadros - ou estações, como são chamados - contam a trajetória de Jesus desde o momento de Sua condenação até Seu sepulcro. Aparecem em seqüência: a condenação, Jesus carregando a cruz, o encontro com Maria, a ajuda que recebeu de Simão Cirineu, as três vezes em que caiu, o consolo às mulheres de Israel, a ocasião em que Verônica enxugou seu rosto, o momento em que foi despido, sua crucificação, morte, a descida da cruz e, por fim, seu sepultamento.


1ª Estação – Jesus é condenado à morte
   Do evangelho segundo São Mateus 27,22-23.26:
“Retorquiu-lhes Pilatos: ‘E que hei de fazer de Jesus que é chamado Messias?’. Replicaram todos: ‘Seja crucificado!’. Pilatos insistiu: ‘Então, que mal fez Ele?’. Mas eles gritavam mais ainda: ‘Seja crucificado!’. Soltou-lhes então Barrabás. E a Jesus, depois de tê-lo mandado açoitar, entregou-O para ser crucificado.”



Dirigente: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos.
Todos: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.
Leitor: Quando o “povo” pediu a crucificação de Jesus, Pilatos pediu água e lavou as mãos, dizendo: “Não sou responsável pelo sangue deste homem. É um problema de vocês”. Depois de mandar açoitar Jesus, entregou-o para ser crucificado.
Pai-nosso... Ave-Maria... Glória ao Pai.


A morrer crucificado,
Teu Jesus é condenado
por teus crimes, pecador.

Pela virgem dolorosa,
vossa mãe tão piedosa,
perdoai-me, bom Jesus.

2ª Estação – Jesus carrega a sua cruz
 Ele próprio carregava a sua cruz para fora da cidade, em direção ao lugar chamado Calvário, em hebraico Gólgota (Jo 19, 17).
 Em verdade, Ele tomou sobre si nossas enfermidades, e carregou os nossos sofrimentos (Is 53, 4).
 Neste passo da Paixão, Jesus toma sobre Seus ombros adoráveis os meus pecados. Entretanto, o Divino Redentor é Rei tão grandioso que transformará a cruz em objeto de elevada nobreza e distinção. Ela será co­locada no alto das igrejas, nas coroas dos reis... e será a paixão dos santos.


Dirigente: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos.
Todos: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.
Leitor: Jesus recebe sobre seus ombros a cruz e se dirige ao monte Calvário ou Gólgota, onde será crucificado. A cruz era um antigo instrumento de suplício, usado para executar os condenados à morte. 
Pai-nosso... Ave-Maria... Glória ao Pai.
Com a cruz é carregado 

e do peso acabrunhado, 

vai morrer por teu amor.

Pela virgem dolorosa,
vossa mãe tão piedosa,
perdoai-me, bom Jesus.



3ª Estação – Jesus cai pela primeira vez
      Do livro do profeta Isaías 53,4-6:
“Eram os nossos males que Ele suportava, e as nossas dores que trazia sobre Si. Mas víamos nEle um homem castigado, ferido por Deus e sujeito à humilhação. Ele foi trespassado por causa de nossas culpas, esmagado devido às nossas faltas. O castigo que nos salva caiu sobre Ele, e, por causa de suas chagas, fomos curados. Todos nós, como ovelhas, andávamos errantes, seguindo cada qual seu caminho. E o Senhor fez cair sobre Ele as faltas de todos nós.”
Dirigente: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos.
Todos: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.
Leitor: Jesus caminha cansado e abatido sob o peso da cruz. Seu corpo está coberto de sangue, suas forças esmorecem, e ele cai. Com chicotes, os soldados o forçam a se levantar e continuar o caminho para o Calvário. 
Pai-nosso... Ave-Maria... Glória ao Pai.
Pela cruz tão oprimido 

cai Jesus desfalecido 
pela tua salvação.


Pela virgem dolorosa,
vossa mãe tão piedosa,
perdoai-me, bom Jesus.


4ª Estação –  Jesus encontra sua mãe
Do evangelho segundo São Lucas 2,34-35.51:
“Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua Mãe: ‘Ele foi estabelecido para a queda e o reerguimento de muitos em Israel, e para ser sinal de contradição; e uma espada há de traspassar a tua alma. Assim se deverão revelar os intentos de muitos corações’. Sua mãe guardava no coração todas essas recordações.”
       Maria, por sua sabedoria, conhecia profundamen­te a imensa gravidade do pecado. Mas seria neces­sá­rio levar as coisas a esse ponto? Quem poderia imaginar cena mais trágica? Uma espada de dor penetrou em sua alma puríssima e ali depositou um sofrimento lancinante.
Dirigente: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos.
Todos: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.
Leitor: Mãe e filho se encontram e se abraçam em meio à dor. Eles tudo partilham, até a cruz, até o fim. Sem palavras, a dor leva-nos a compartilhar este momento sofrido, expresso em seus rostos. 
Pai-nosso... Ave-Maria... Glória ao Pai.
De Maria lacrimosa, 

sua mãe tão dolorosa, 
vê a imensa compaixão.


Pela virgem dolorosa,
vossa mãe tão piedosa,
perdoai-me, bom Jesus.



5ª Estação –  Jesus é ajudado por Cirineu a levar a Cruz
    Do evangelho segundo São Mateus 27,32; 16,24:
“Ao saírem, encontraram um homem de Cirene, chamado Simão, e requisitaram-no para levar a cruz de Jesus. Jesus disse aos discípulos: ‘Se alguém quiser seguir-Me, renegue-se a si mesmo, pegue sua cruz e siga-Me’.”
Dirigente: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos.
Todos: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.
Leitor: Enquanto levavam Jesus para ser crucificado, Simão de Cirene, que voltava do campo, foi obrigado a carregar a cruz para que Jesus não desfalecesse pelo caminho, pois tinha de permanecer vivo até a crucifixão. 
Pai-nosso... Ave-Maria... Glória ao Pai.

Em extremo desmaiado, 
deve auxílio tão cansado, 
receber do Cirineu.


Pela virgem dolorosa,
vossa mãe tão piedosa,
perdoai-me, bom Jesus.

6ª Estação –  Verônica enxuga o rosto de Jesus
6.jpgFazei brilhar sobre nós, Senhor, a luz da vossa face. Confiado na Vossa justiça, eu contemplarei a Vossa face; ao despertar, saciar-me-ei com a visão de Vossa imagem (Sl 4, 7; 16, 15).
Dirigente: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos.
Todos: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.
Leitor: Uma mulher que assistia à passagem de Jesus se comove ao ver a cena e decide limpar a face do condenado tingida de sangue. No pano usado por Verônica ficou gravado o rosto de Jesus. 
Pai-nosso... Ave-Maria... Glória ao Pai.
                                   

O seu rosto ensanguentado, 

por Verônica enxugado

eis no pano apareceu.


Pela virgem dolorosa,

vossa mãe tão piedosa,
perdoai-me, bom Jesus.

7ª Estação –  Jesus cai pela Segunda Vez
     Não abriu a boca, como um cordeiro que se conduz ao matadouro, e uma ovelha muda nas mãos do tosquiador. O  Senhor torna firmes os passos do homem e aprova os seus caminhos. Ainda que caia, não ficará prostrado, porque o Senhor o sustenta pela mão (Sl 36, 23-24).
Dirigente: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos.
Todos: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.
Leitor: Jesus sabia do fim que o esperava. Seu espírito estava preparado, mas seu corpo estava esgotado e abatido. Por isso, caminhava com dificuldade e pela segunda vez cai sob a cruz. 
Pai-nosso... Ave-Maria... Glória ao Pai.
                               
Outra vez desfalecido, 

pelas dores abatido, 
cai em terra o salvador.

Pela virgem dolorosa,
vossa mãe tão piedosa,
perdoai-me, bom Jesus.
8ª Estação –  Jesus consola as mulheres de Jerusalém

    Do evangelho segundo São Lucas 23,28-31:
“Jesus voltou-Se para elas e disse-lhes: ‘Mulheres de Jerusalém, não choreis por Mim; chorai antes por vós mesmas e pelos vossos filhos. Pois dias virão em que se dirá: “Felizes as estéreis, as entranhas que não tiveram filhos e os peitos que não amamentaram”. Nessa altura, começarão a dizer aos montes: “Caí sobre nós”, e às colinas: “Cobrinos”. Porque, se fazem assim no madeiro verde, que será no madeiro seco?’.”
Dirigente: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos.
Todos: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.
Leitor: Já estavam próximos do monte Calvário. Jesus, abatido pela dor e vendo suas forças esgotadas, ainda tem ânimo para consolar as mulheres que, chorando, lamentavam o sofrimento dele. 
Pai-nosso... Ave-Maria... Glória ao Pai.
Das matronas piedosas, 

de Sião filhas chorosas, 

é Jesus consolador.

Pela virgem dolorosa,
vossa mãe tão piedosa,
perdoai-me, bom Jesus.

9ª Estação –  Jesus cai pela terceira vez
   Também Cristo padeceu por vós, deixando-vos exemplo para que sigais os Seus passos. Carregou os nossos pecados em Seu corpo sobre o madeiro para que, mortos aos nossos pecados, vivamos para a justiça (I Pe 2, 21, 24).
Jesus dá-me o divino exemplo: se me abandonam ou me perseguem, e caio sob o madeiro das decepções, jamais o desânimo me abaterá.
Dirigente: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos.
Todos: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.
Leitor: Jesus já não suporta o cansaço e a dor, por isso cai pela terceira vez sob o peso da cruz. Quiseram dar-lhe vinho misturado com fel para aliviar a dor, mas ele não quis beber.
Pai-nosso... Ave-Maria... Glória ao Pai.

Cai, terceira vez, prostrado 

pelo peso redobrado dos pecados e da cruz.


Pela virgem dolorosa,
vossa mãe tão piedosa,
perdoai-me, bom Jesus.



10ª Estação –  Jesus é despojado de suas vestes

Tomaram as Suas vestes e fizeram delas quatro partes, uma para cada soldado. A túnica, porém, toda tecida de alto a baixo, não tinha costura. Disseram, pois, uns aos outros: "Não a rasguemos, mas deitemos sorte sobre ela para ver de quem será". Assim se cumpria a Escritura: Repartiram entre si as minhas vestes e deitaram sorte sobre a minha túnica (Jo 19, 23-24) .
   Quem poderia imaginar tão grande humilhação? Jesus, o próprio criador do pudor é despojado de Suas vestes diante de todo o populacho. Talvez para reparar a imoralidade e falta de modéstia dos trajes de épocas futuras. De modas que receberiam a grave censura de Nossa Senhora, em Fátima.
Dirigente: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos.
Todos: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.
Leitor: Os soldados tomaram as roupas de Jesus e fizeram um sorteio, para ver a parte que cabia a cada um. Assim se cumpre a profecia: “Repartiram entre si minhas vestes e lançaram sorte sobre a minha túnica”.
Pai-nosso... Ave-Maria... Glória ao Pai.

Dos vestidos despojado, 

por verdugos maltratado, 

eu vos vejo, meu Jesus.

Pela virgem dolorosa,
vossa mãe tão piedosa,
perdoai-me, bom Jesus.

11ª Estação –  Jesus é crucificado

        Chegados que foram ao lugar chamado Calvário, ali O crucificaram, como também os ladrões, um à direita e outro à esquerda. Pilatos redigiu uma inscrição e a fixou por cima da cruz. Nela estava escrito: "Jesus de Nazaré, rei dos judeus" (Lc 23, 33; Jo 19, 19).
        O requinte da maldade de seus acusadores chega ao ponto de O crucificarem entre dois ladrões para ser considerado também como tal. Enquanto os soldados repartiam entre si os haveres materiais do Divino Crucificado, Ele entregava sua preciosa herança - Maria Santíssima - ao discípulo amado, num último e supremo gesto de amor filial.
Dirigente: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos.
Todos: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.
Leitor: Jesus é crucificado. São cravados pregos de ferro que lhe rasgam a carne, dilacerando mãos e pés. A cruz é erguida, Jesus fica suspenso entre o céu e a terra. Agora é o fim, ele está definitivamente condenado. 
Pai-nosso... Ave-Maria... Glória ao Pai.

Sois por mim à cruz pregado, 

insultado, blasfemado 

com cegueira e com furor.


Pela virgem dolorosa,

vossa mãe tão piedosa,
perdoai-me, bom Jesus.

12ª Estação –  Jesus morre na Cruz

Havendo Jesus tomado do vinagre, disse: "Tudo está consumado". Inclinou a cabeça e rendeu o espírito. Vieram os soldados e quebraram as pernas do primeiro e do outro que com Ele foram crucificados.Chegando porém, a Jesus, como O vissem já morto, não Lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados abriu-Lhe o lado com uma lança e imediatamente saiu sangue e água (Jo 19, 30; 32-34).
Ó meu Jesus, prova de amor maior não há! Vós destes Vossa preciosíssima vida por mim! E que Vos devo dar eu? Pensar que esse mesmo sacrifício se renova todos os dias sobre o altar, de forma incruenta, para que eu me beneficiasse dele totalmente!
Dirigente: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos.
Todos: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.
Leitor: Depois de longa agonia, Jesus lança seu último grito do alto da cruz: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”. Em seguida, inclinou a cabeça e entregou o espírito a Deus. 
Pai-nosso... Ave-Maria... Glória ao Pai.
Por meus crimes padecestes, 

meu Jesus, por mim morrestes 

como é grande a minha dor.


Pela virgem dolorosa,

vossa mãe tão piedosa,
perdoai-me, bom Jesus.

13ª Estação –  Jesus é descido da Cruz
Depois disso, José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus, mas ocultamente, por medo dos judeus, rogou a Pilatos a autorização para tirar o corpo de Jesus. Pilatos permitiu. Foi, pois, e tirou o corpo de Jesus. Acompanhou-o Nicodemos(aquele que anteriormente fora de noite ter com Jesus), levando umas cem libras de uma mistura de mirra e aloés. Tomaram o corpo de Jesus e O envolveram em panos com os aromas, como os judeus costumam sepultar (Jo 19, 38-40).
 Ó Sagrado Corpo de Jesus, vendo-Vos assim sem vida, sinto meu coração gemer. Essas mãos que deram ordens aos mares e às tempestades, expulsaram os vendilhões do Templo e fizeram o bem por todo Israel, já não se articulam. Os Vossos pés, que caminharam sobre as águas e trilharam todos os caminhos em busca dos necessitados, não se movem. A Vossa voz, que fazia estremecer os fariseus, mas perdoava com doçura os pecadores arrependidos, já não se faz ouvir. Uma só chaga Vos cobre de alto a baixo.
Dirigente: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos.
Todos: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.
Leitor: Às vésperas do sábado, José de Arimateia foi a Pilatos e pediu o corpo de Jesus. Com a permissão de Pilatos, José comprou um lençol de linho, desceu o corpo da cruz e o enrolou no lençol. Maria, sua mãe, recebeu-o em seus braços.
Pai-nosso... Ave-Maria... Glória ao Pai.

Do madeiro vos tiraram

e nos braços vos deixaram 

de Maria, que aflição.


Pela virgem dolorosa,

vossa mãe tão piedosa,
perdoai-me, bom Jesus.

14ª Estação –  Jesus é sepultado
No lugar em que Ele foi crucificado havia um jardim, e no jardim um sepulcro novo, em que ninguém ainda fora depositado. Foi ali que depositaram Jesus por causa da Preparação dos judeus e da proximidade do túmulo. Depois (José de Arimatéia) rolou uma grande pedra à entrada do sepulcro e foi-se embora. Maria Madalena e a outra Maria ficaram lá, sentadas defronte do túmulo (Jo 19, 41-42; Mt 27, 60-61).

Dirigente: Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos.
Todos: Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.
Leitor: Depois de envolvê-lo num lençol, José de Arimateia colocou o corpo de Jesus num túmulo escavado na rocha, onde ninguém ainda tinha sido sepultado, e rolou uma grande pedra para fechar a entrada do túmulo.
Pai-nosso... Ave-Maria... Glória ao Pai.


No sepulcro vos deixaram, 

enterrado vos choraram, 
magoado o coração.


Pela virgem dolorosa,
vossa mãe tão piedosa,
perdoai-me, bom Jesus.


A Via-Sacra segundo os Evangelhos
O Santo Padre João Paulo II introduziu nova seqüência das cenas na Via Sacra que promove no Coliseu, em Roma, optando pelas narrações dos Evangelistas. É esta sucessão que estamos propondo aqui, com as próprias palavras da Sagrada Escritura.
As  Estações são:
1. Jesus ora no Horto de Getsêmani, Monte das Oliveiras
Mt 26,36-46; Mc 14,32; Lc 22,39; Jo 18,1
2. Jesus, traído por Judas, é aprisionado
Mt 26,47-56; Mc 14,43; Lc 22,47; Jo 18,2
3. A condenação de Jesus perante o Sinédrio
Mt 26,57-66; Mc 14,53; Lc 22,54; Jo 18,19
4. As negações do Apóstolo Pedro
Mt 26,69-75; Mc 14,66; Lc 22,55; Jo 18,15
5. Jesus entregue a Pilatos
Jo 18,28; Mt 27,11; Mc 15,2; Lc 23,2
6. A flagelação e a coroação de espinhos de Jesus. Ludíbrio.
Jo 19,1; Mt 27,24; Mc 15,15; Lc 23,24
7. Jesus carrega a Cruz
Lc 22,26; Mt 27,31; Mc 15,20; Jo 19,16
8. Jesus e Simão Cirineu
Lc 22,26; Mt 27,32; Mc 15,21
9. O encontro de Jesus com as mulheres de Jerusalém
Lc 22,27; Mt 27,33
10. A crucificação de Jesus
Jo 19,18; Mt 27,35; Mc 15,24; Lc 23,33
11. Jesus e o bom ladrão
Lc 23,35; Mt 27,39; Mc 15,29; Lc 23,35
12. Maria Santíssima e o Apóstolo João ao pé da Cruz de Jesus
Jo 19,25-27
13. A morte de Jesus
Mt 27,45; Mc 15,33; Lc 23,44; Jo 19,28
14. Jesus deposto no sepulcro
Mc 15,42; Mt 27,57; Lc 23,50; Jo 19,3
Fontes: Canção Nova
             Arautos do Evangelho
             Cot