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Notícias da Pastoral da Catequese

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Heróis da Fé: Vida dos santos

As mais lindas histórias daqueles que percorreram o caminho da santidade antes de nós

Em defesa da Fé Católica: Por que sou católico?

A fascinante história da Igreja fundada por Jesus e edificada sobre Pedro. Sinal vivo da presença de Cristo ao longo dos séculos.

Formação

As principais dúvidas sobre a Fé respondidas por padres.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Santíssimo Sacramento

A Importância da Eucaristia
«E por isso a todos vós, irmãos, imploro no Senhor, beijando-vos os pés e com quanta caridade eu posso, que presteis toda a reverência e toda a honra que puderdes, ao santíssimo Corpo e Sangue de nosso Senhor.»
                   São Francisco de Assis
Jesus Cristo instituiu a Sagrada Eucaristia na última Ceia
           A seguir, tomou o pão, deu graças, partiu-o e lhes deu, dizendo: “Isto é o meu corpo, que é dado por vós. Fazei isto em memória de mim”.Depois da ceia, fez o mesmo com o cálice, dizendo: “Este cálice é a nova aliança no meu sangue, que é derramado por vós”.
                                                                                                   Lc 22,19-20
A presença real de Jesus na Eucaristia

    Muitos Católicos e não-católicos pensam que a Igreja Católica Romana inventou a doutrina da transubstanciação. Transubstanciação significa que o pão e vinho apresentados no altar na Missa, torna-se o Corpo e Sangue de Cristo, pela força do Espírito Santo, na consagração. A consagração é o momento em que o padre chama a presença do Espírito Santo para mudar o pão e vinho no Corpo e Sangue de Cristo. Entretanto, o Corpo e Sangue mantém a aparência de pão e vinho. A Igreja Católica Romana (Igreja Católica de Rito Latino, e outras Igrejas Católicas em comunhão com o Roma) acredita que a Eucaristia é a Presença Real de Cristo Jesus, corpo, sangue, alma e divindade. As Igrejas Ortodoxas e a maioria das outras Igrejas do Oriente assim também acreditam. Anglicanos [Episcopais] e outras denominações Protestantes têm interpretado a presença de Cristo na celebração do Senhor ou Eucaristia como sendo uma presença unicamente espiritual, ou simbólica, ou não-real.
     Uma leitura atenta aos escritos dos primeiros cristãos, facilmente comprovará que toda a Igreja, ou seja, os cristãos, pregavam a presença Real de Jesus Cristo na Eucaristia. Isto assombra muita gente, mas é o relato de séculos de História. Até o ano 500 depois de Cristo, nenhum cristão negou a Presença Real de Jesus Cristo na Sagrada Eucaristia. Não existem debates até esta data. Após esta data, movidos por impulsos humanos, alguns negaram - como fazem hoje os protestantes - a Presença Real, defendida pela própria Palavra de Deus Escrita: A Bíblia.
    Jesus respondeu: «Eu vos garanto: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós.Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e Eu ressuscitá-lo-ei no último dia.Porque a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida.Quem come a minha carne e bebe o meu sangue vive em Mim e Eu vivo nele.E como o Pai, que vive, Me enviou e Eu vivo pelo Pai, assim aquele que me receber como alimento viverá por Mim.Este é o pão que desceu do Céu. Não é como o pão que os vossos pais comeram e depois morreram. Quem come deste pão viverá para sempre».
                                                                                 Jo 6,53-58
       Não há como interpretar de modo diferente estas palavras, senão admitindo a presença real e maravilhosa do Senhor na Hóstia sagrada. Lamentavelmente a Cruz e a Eucaristia foram e continuam a ser "pedra de tropeço" para os que não crêem, mas Jesus exigiu até o fim esta fé. Aos próprios Apóstolos ele disse: "Também vós quereis ir embora?" (Jo 6,67). Ao que Pedro responde na fé, não pela inteligência: "Senhor, a quem iremos, só Tu tens palavras de vida eterna"(68). Nunca Jesus exigiu tanto a fé dos Apóstolos como neste momento. E, se exigiu tanto, sem dar maiores esclarecimentos como sempre fazia, é porque os discípulos tinham entendido muito bem do que se tratava, bem como o povo que o deixou dizendo:"Estas palavras são insuportáveis? Quem as pode escutar?" (Jo 6,60).
O testemunho dos primeiros cristãos
 A Eucaristia ficou na Igreja que estava nascendo. Os primeiros Cristãos"perseveravam na doutrina dos apóstolos, na reunião em comum, na fração do pão e nas orações." (Atos 2,42).
         Paulo atesta que o vinho e o pão são verdadeiramente sangue e corpo de Cristo:O cálice da bênção, que abençoamos, não é comunhão com o sangue de Cristo? E o pão que partimos não é comunhão com o corpo de Cristo?"(1Coríntios 10,16).
          Inácio (35-110dc) foi Bispo de Antioquia da Síria, discípulo do apóstolo João, também conheceu São Paulo e foi sucessor de São Pedro na igreja em Antioquia fundada pelo próprio apóstolo. Santo Inácio escreveu sete cartas, as chamadas Epístolas de Inácio, também fala sobre a Eucaristia:

        "Esforçai-vos, portanto, por vos reunir mais frequentemente, para celebrar a eucaristia de Deus e o seu louvor. Pois quando amiúde realizais reuniões, são aniquiladas as forças de Satanás e se desfaz seu malefício por vossa união na fé"(Carta de Santo Inácio de Antioquia aos Efésios).
       "Não me deleito com o alimento da corrupção, ou com as volúpias desta vida. Quero o 'pão de Deus', a carne de Jesus Cristo, da raça de Davi, e a bebida do seu sangue, que é o amor incorruptível" (Carta de Santo Inácio de Antioquia aos Romanos).
        "Eles se abstêm da eucaristia e da oração, e isto porque não confessam ser a eucaristia carne do nosso Salvador Jesus Cristo, carne que sofreu por nossos pecados e que o Pai, em sua bondade  ressuscitou. E aqueles que, discutindo, recusam o dom de Deus, somente encontram a morte." (Carta de Santo Inácio de Antioquia aos Esmirnenses).
            Irineu de Lyon(130-202) grande Bispo de Lyon, na Gália do século II, tem palavras belíssimas sobre a Eucaristia. Tomemos algumas. No primeiro texto, combatendo os hereges gnósticos, que negavam a ressurreição, avós do espiritismo e da Nova Era, ele usa a Eucaristia como prova de que os mortos ressuscitam carnalmente. Eis um trecho de autoria de Irineu, o Tratado contra as Heresias: Se não há salvação para a carne, também o Senhor não nos redimiu com o Seu Sangue. Portanto, quando o cálice de vinho misturado com a água e o pão natural recebem a Palavra de Deus, transformam-se na eucaristia do Sangue e do Corpo de Cristo. Recebendo a palavra de Deus, tornam-se a eucaristia, isto é, o Corpo e o Sangue de Cristo. Assim também os nossos corpos, alimentados pela eucaristia, depositados na terra e nela desintegrados, ressuscitarão a seu tempo, quando o Verbo de Deus lhes conceder a ressurreição para a glória do Pai. É ele que reveste com sua imortalidade o corpo mortal e dá gratuitamente a incorruptibilidade a carne corruptível. Porque é na fraqueza que se manifesta o poder de Deus.(Lib. 5,2,2-3 : SCh 153,30-38). Este texto é de uma beleza e de uma profundidade impressionantes! Santo Irineu garante: nós ressuscitaremos e já recebemos a garantia da ressurreição, que é a Eucaristia. O pão, depois de consagrado, é o corpo do Senhor, é pão de vida, assim, nossa carne que recebe a carne ressuscitada de Cristo, cheia do Espírito Santo, não permanecerá na morte, mas ressuscitará, exatamente como Jesus prometera:“quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e eu o ressuscitarei no último dia!” (Jo 6,54).A questão colocada aqui por Santo Irineu é clara: como é que os hereges têm coragem de dizer que nossa carne, nosso corpo, não pode ressuscitar, não pode herdar a vida eterna, se ela é alimentada com a Eucaristia? A Eucaristia é, portanto, penhor de nossa ressurreição.

"Graças e louvores se dêem a todo momento, ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento!"

Tão Sublime Sacramento:

Música que é cantada sempre na benção do Santíssimo Sacramento, 

Música Sacramento da Comunhão:

domingo, 23 de outubro de 2011

Teatro na Catequese

         Entre os recursos a serem utilizados na catequese seja de primeira eucaristia, perseverança ou Crisma  encontra-se o Teatro.Esse é um meio de comunicação muito importante  pelo seu poder de levar ao conhecimento e à interiorização da mensagem apresentada. 
          Para recorrer ao teatro na transmissão da Boa Nova de Jesus, não podemos perder de vista que nada será mais importante do que a própria mensagem. É para que ela chegue, seja assimilada e caia em cada coração, que devemos trabalhar. Se perdemos este objetivo de vista, tudo o mais perde o sentido e será apenas mais uma exibição. Mesmo não sendo um ator, todo catequista pode (e deve) usar o recurso do teatro.Nas peças teatrais interessante encenar uma leitura bíblica para melhor compreensão dos catequizandos ou mesmo passar uma lição de vida ou ainda um tema para reflexão.
           No vídeo abaixo vemos uma peça encenada por Emanoel e João Diego na Turma de Crisma feita para melhor entendimento do trecho do Evangelho lido na época da Quaresma.A apresentação bem descontraída atrai a atenção dos crismandos.


sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Exemplo para todos: São Domingos Sávio

O mais jovem santo não mártir da Igreja
"Se Domingos, com tão pouca idade, pôde santificar-se, por que não poderei também eu?" - interroga São João Bosco ao escrever a vida do jovem santo.
       Penso sempre que a catequese cristã deve incluir exemplos fortes de fé e de amor a Deus. Domingos Sávio é exemplo pois buscou a santidade a vida inteira, dizia sempre: "Para nós, a santidade consiste em estarmos sempre alegres.Procuramos evitar o pecado que nos rouba a alegria do coração...". Domingos Sávio, em especial para as crianças e adolescentes, mostra que é na: obediência, simplicidade, servidão, oração e alegria que conquistamos a santidade. Isto significa que, nas coisas mais comuns que fazemos, devemos realizá-las com muito zelo. Confiando nossa vontade a Deus, que tudo vê e provê.
 Devemos recordar os propósitos que Domingos Sávio fez ao receber a primeira comunhão:
    “Propósitos que eu, Domingos Sávio, me propus no ano de 1849, quando fiz a Primeira Comunhão, aos 7 anos de idade:
1o. Confessar-me-ei muito amiúde e receberei a Sagrada Comunhão sempre que o confessor me permita;
2o. Quero santificar os dias de festa;
3o. Meus amigos serão Jesus e Maria;
4o. Antes morrer que pecar.
Os propósitos nos mostram uma imensa maturidade na fé para um menino tão jovem, que recebe o Santíssimo Sacramento aos 7 anos pois já sabia de cor o catecismo, e ardia em desejos de fazer a Primeira Comunhão. Domingos Sávio percorria diariamente um caminho de 5Km para ir estudar, é relatado que certo dia um camponês que diariamente o via passar a pé perguntou-lhe:
-Você não tem medo de andar sozinho por estes caminhos:
-Nunca estou só, meu anjo da guarda me acompanha! Respondeu Domingos.
O camponês, surpreso acrescentou:
-Vai se cansar, com este calor!
-Não, não me canso porque trabalho para um patrão que me paga muito bem!
-Para quem trabalhas? Quem é teu patrão?
- Nosso Senhor, que paga até um copo de água dado por seu amor!
Aos 12 anos conhece Dom Bosco e pede-lhe para ser admitido no Oratório de Turim, porque desejava ardentemente estudar para ser padre.Dom Bosco, algum tempo depois, queria dar-lhe um presente e perguntou-lhe o que gostaria de receber. Domingos disse: "O presente que lhe peço é que me ajude a ser santo. Quero dar-me todo a Deus, a Deus para sempre. Sinto verdadeira necessidade de fazer-me santo, e se não me fizer, não faço nada. Deus quer que eu seja santo, e tal há de acontecer". Tinha um verdadeiro horror às blasfêmias, e quando as ouvia, se não tinha condições de advertir o responsável, tirava o chapéu e dizia "Louvado seja Jesus Cristo!", para reparar a falta.Mamãe Margarida disse a Dom Bosco: “Tens muitos jovens bons, mas nenhum supera o belo coração e a bela alma de Domingos Sávio”. E explicou-lhe: “Vejo-o sempre rezando, fica na igreja mesmo depois dos outros; sai todos os dias do recreio para fazer uma visita ao Santíssimo Sacramento… Na igreja, está como um anjo que mora no Paraíso”.

Domingos vivia alegre porque estava sempre em paz com a sua consciência.
"Se tenho qualquer mágoa no coração – dizia ele – vou ao meu confessor que me aconselhe o que Deus quer que eu faça, pois, Jesus Cristo disse que a voz do confessor é a voz de Deus. Se desejo alcançar alguma coisa importante, então vou receber a Hóstia Sagrada na qual está: o mesmo corpo, sangue, alma e divindade que Jesus Cristo ofereceu a Seu Pai Eterno Pai por nós na Cruz. Que mais me falta para ser feliz? Neste mundo, nada. Só me resta poder gozar no Céu d’Aquele que hoje adoro e contemplo, sobre os altares, com os olhos da fé”.

Com estes pensamentos, Domingos passava dias verdadeiramente felizes. Daqui nascia aquele contemplamento, aquela alegria celestial que transparecia em todas as suas ações. Compreendia muito bem tudo o que fazia, e tinha um teor de vida cristã, como convém que o tenha quem deseja fazer a Comunhão diária. Por isso, o seu comportamento era, sob todos os pontos de vista, irrepreensível. Convidei os seus condiscípulos a dizerem-me, durante os três anos que ele viveu conosco, lhe notaram algum defeito a corrigir ou alguma virtude a adquirir.

Todos, a uma, responderam que nunca encontraram nele coisa alguma que merecesse correção, nem virtude que se lhe devesse acrescentar às que já praticava.
sua preparação para receber o Pão dos Anjos era piedosa e edificante. À noite, antes de se deitar, recomendava-se sempre assim:
Graças e louvores se dêem a todo o momento, ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento!”
De manhã, era esse grande ato precedido de uma preparação suficiente; mas a ação de graças, essa não tinha fim. Muitas vezes, se ninguém chamava, esquecia-se da refeição, do recreio e algumas vezes do estudo, permanecendo em oração, ou melhor, na contemplação da divina Bondade, que de um modo inefável comunica aos homens os tesouros da Sua infinita misericórdia.

Era para ele uma verdadeira delícia o poder passar algumas horas diante de Jesus Sacramentado. Invariavelmente, ao menos uma vez por dia, costumava fazer-Lhe uma visita, convidando outros a ir em sua companhia. A sua oração predileta era a coroinha do Sagrado Coração de Jesus para reparação das injúrias que recebe dos hereges, dos infiéis e dos maus cristãos.

Para que as suas Comunhões produzissem maior fruto, e, ao mesmo tempo, o estimulassem a fazê-las cada vez com mais fervor, tinha-lhes fixado para cada dia um fim especial.

Eis como distribuía as intenções durante a semana:

Domingo:- Em honra da Santíssima Trindade.
Segunda: - Pelos benfeitores espirituais e temporais.
Terça: - Em honra de São Domingos e do Anjo da Guarda.
Quarta: - A Nossa Senhora das Dores, pela conversão dos pecadores.
Quinta: - Em sufrágio das almas do Purgatório.
Sexta: - Em honra da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Sábado: - Em honra de Maria Santíssima, para obter a Sua proteção durante toda a vida e à hora da morte.

Tomava parte, com arroubos de alegria, em todas as cerimônias que tivessem por fim honrar o Santíssimo Sacramento. Se acontecia encontrar o Viático, ao ser levado a algum doente, ajoelhava-se logo, onde quer que fosse, e, se tinha tempo, acompanhava-O até terminar a cerimônia.

Um dia passou o Viático perto dele. Chovia e os caminhos estavam enlameados. Não tendo outro sítio para se ajoelhar, ajoelhou-se mesmo sobre a lama. Um dos seus amigos repreendeu-o depois, observando-lhe que, em tais circunstâncias, Nosso Senhor não exigia. Domingos respondeu-lhe:

Joelhos e calças tudo é de Deus: por isso tudo deve servir para Lhe dar honra e glória. Quando passo perto d’Ele, não só me atiraria ao chão para honrá-lO, mas até a uma fornalha, porque assim participaria do fogo da caridade infinita que O impeliu a instituir este grande Sacramento”.

Em circunstâncias análogas, viu um dia um militar que se deixava ficar de pé no momento em que passava bem perto o Santíssimo Sacramento. Não se atrevendo a convidá-lo para que se ajoelhasse, tirou do bolso um lencinho, estendeu-o sobre o terreno sujo, e fez-lhe sinal para que se servisse dele. O soldado, a princípio, acanhou-se; mas, por fim, deixando de lado o lenço, acabou por se ajoelhar no meio do caminho.
Domínio de si mesmo
A vivacidade do seu olhar obrigava-o a não pequeno esforço, dada a sua firme resolução de dominá-la. Um dia, confiou a um amigo:

A princípio, quando me decidi a dominar completamente os meus olhares, tive de suportar não pequena fadiga, e até, por isso, sofri fortes dores de cabeça”. Com efeito, era tão reservado, que ninguém, dos que o conheceram, se lembra de tê-lo visto olhar para qualquer coisa que excedesse os limites da rigorosa modéstia – “Os olhos – dizia ele – são duas janelas. Pelas janelas, passa tudo o que se deixa passar. Por estas janelas,tanto podemos deixar passar um anjo como um demônioe permitir tanto a um como a outro que se aposse do nosso coração”.

Certo dia, um dos seus companheiros trouxe inadvertidamente para a escola uma revista e que havia algumas figuras pouco sérias e irreligiosas, Um grupo de rapazes rodeou-o para ver aquelas gravuras que causariam asco, mesmo aos infiéis e pagãos. Domingos também se aproximou. Quando viu, porém, do que se tratava, foi surpreendido. Em seguida, com um sorriso de ironia, deitou-lhe a mão e rasgou-a em mil bocados. Os outros rapazes, atônitos, entreolharam-se mortificados, sem pestanejar. Domingos, então, disse-lhes:

-Pobres de nós! Nosso Senhor deu-nos os olhos para contemplar as belezas de tudo o que Ele criou, e vós servir-vos deles para olhar tais indecências, inventadas pela malícia dos homens para corromper as almas? Esquecestes o que tantas vezes vos foi ensinado? O Salvador diz-nos que com um olhar inconveniente manchamos as nossas almas, e vós a deliciar-vos com os olhos postos em coisas tão vergonhosas?!...

Nós, respondeu um deles, fazíamos por distração.

Sim, sim, por distração; no entanto, por distração, ide-vos preparando para o inferno. Riríeis no inferno se lá caísseis?

Mas nós- retorquiu outro – não víamos grande malícia naquelas gravuras.

Pior ainda. Não ver a maldade em semelhantes indecências é sinal de que já estais habituados a contemplá-las. Mas o hábito não desculpa, antes, pelo contrário, torna-vos mais culpados. Ó Jó! Ó Jó! Tu velho, mas eras um santo; sofrias de uma doença, que te obrigava a viver deitado sobre um monturo de imundície; e, contudo, fizeste um pacto com os teus olhos para que não olhassem, nem de leve, coisas inconvenientes!

A estas palavras, todos se calaram e ninguém se atreveu a censurá-lo nem lhe fazer qualquer observação.

À modéstia nos olhos aliava Domingos uma grande reserva no falar.

Quando alguém falava, ele calava-se; por várias vezes truncou uma expressão para dar aos outros liberdade de se expandirem. Os seus mestres foram unânimes em asseverar que nunca tiveram motivo para repreendê-lo, tão modelar foi sempre o seu procedimento no estudo, na aula, na igreja e em toda a parte. Até nas próprias ocasiões em que lhe fizessem qualquer injúria, sabia moderar, mais do que nunca, a língua e o seu temperamento.
Um dia, preveniu um companheiro de um mau hábito. Este, em vez de receber de bom grado a observação, zangou-se. Cobriu-o de vitupérios, e depois investiu contra ele a socos e a pontapés. Domingos teria podido fazer valer as suas razões com os fatos, pois, era mais velho e tinha mais força. Mas não quis senão a vingança dos cristãos. Ficou com o rosto ruborizado, mas refreou o ímpeto de ira e limitou-se a dizer a seguintes palavras:
Perdôo-te esta ofensa. Não trates os outros desta maneira”.

Infelizmente, a vida de Domingos, que tanto prometia para o futuro se ele chegasse a ser sacerdote, seria curta. Em seus longos tempos de oração, a graça divina ia preparando- o para a glória eterna.Durante os recreios, vez por outra, saía de repente da roda de amigos e se punha a passear sozinho, com o espírito absorto. Quando alguém lhe pedia explicações; respondia: "Assaltam- me as distrações de costume, e parece-me que o Paraíso se abre sobre minha cabeça, por isso tenho de afastar-me de meus companheiros para não dizer coisas que eles poderiam ridicularizar". Numa ocasião, também no recreio, caiu como que desmaiado, amparado por um amigo. Ao retornar a si, afirmou: "No Céu, os inocentes estão mais perto de nosso Divino Salvador, e Lhe cantarão de modo especial hinos de glória eternamente".No início de 1857, agravou- se notavelmente sua enfermidade. Uma tosse pertinaz dava margem a sério receio de contágio, tanto mais que grassava a cólera na região de Turim. Assim, Dom Bosco o aconselhou a voltar para a casa paterna. Com o coração partido e após fazer, juntamente com seus companheiros, o exercício de preparação para a morte, pediu a Dom Bosco: "Reze para que eu possa ter uma boa morte! Até a próxima vista, que será no Paraíso".

Partiu, pois, para a residência de seus pais, em Mondonio, onde chegou no primeiro dia de março de 1857. Ali suportou com admirável resignação, e até mesmo com alegria, os grandes padecimentos com os quais a Divina Providência aprouve enriquecer sua alma nos últimos dias de vida. A longa agonia transcorreu num ambiente de doçura e paz admiráveis que culminaram no instante supremo, quando exclamou, sorrindo e com fisionomia paradisíaca: "Ah, que belas coisas vejo!" Dito isto, expirou com as mãos cruzadas sobre o peito, sem fazer o menor movimento.
 Fonte de referência:
"Biografia y escritos de San Juan Bosco", BAC, Madrid, 1955, pp. 769 a 857.
O vídeo abaixo é da música Pequeno Gigante da Canção Nova.O Papa Pio XII o definiu como "pequeno, porém um grande gigante de alma" e o declarou padroeiro dos cantores infantis.
                                                                 Letra: Quero ser santo, Deus Paizinho, quero crescer Seu amigo,nunca perder minha inocência,ter este jeito de Maria, eu quero sempre ter!
Antes morrer do que pecar,pequeno gigante, quero viver!Ensina-me a ser como tu, Domingos Sávio.Antes morrer do que pecar,Pequeno gigante, quero viver. Ora por mim, pra que eu nunca me esqueça de ti!

Quero receber Eucaristia e levar a sério minha confissão, ler as histórias da Bíblia, fazer jejum e meu tercinho pra ser campeão. Sávio não está sozinho.Também aprendi com Dom Bosco a fazer bem feitas minhas tarefas,ser sempre alegre, e um dia vou morar no Céu!

O vídeo abaixo é um resumo da vida do santo que viveu o lema:"Antes morrer do que pecar", feito pela Canção Nova.


quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Sugestões de Filmes

              Algumas sugestões de filmes a serem utilizados na catequese de primeira eucaristia, perseverança ou crisma para uma evangelização renovada que aponta exemplos para nós de pessoas que dedicaram a vida a Deus.
                                  Dom Bosco-Uma Vida para os jovens
        O filme mostra a emocionante história de São João Bosco, fundador dos Salesianos e da congregação das Filhas de Maria Auxiliadora, conhecido como Apóstolo da Juventude, que por inspiração divina dedicou a vida à evangelização dos jovens baseada na alegria e no serviço.Modelo de fé e exemplo para catequistas e educadores.Na segunda parte do filme vemos São Domingos Sávio, o menino que viveu o lema: Antes morrer do que pecar, exemplo para catequizandos e crismandos de fé e amor a Deus.
Download:Parte 1:http://www.youtube.com/watch?v=uEtUcWD6s1M
               Parte 2: http://www.youtube.com/watch?v=HLqljZgoM4U
Santo Agostinho[2010]
       Excelente exemplo para juventude, o filme retrata a vida de Agostinho que levava uma vida desregrada, mas que ouve a voz de Deus que lhe fala repetidas vezes: "Tolle, lege""tolle, lege"("toma e lê"), abrindo ao acaso a Epístola de Paulo aos Romanos que diz: "Comportemo-nos honestamente, como em pleno dia: nada de orgias, nada de bebedeira; nada de desonestidades nem dissoluções; nada de contendas, nada de ciúmes.Ao contrário, revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não façais caso da carne nem lhe satisfaçais aos apetites", o que o faz mudar totalmente de vida: rejeitando as tentações da carne, defendendo a fé católica e buscando fazer sempre a vontade de Deus, a quem ele dizia:" Tarde te amei". O Papa Bento XVI, ao ver o filme, afirmou: “Esperemos que muitos, vendo este drama humano, se permitam encontrar pela Verdade e encontrem, ao mesmo tempo, a Caridade".
Clara e Francisco
Chamados por Deus a viver a perfeição do Evangelho, Clara e Francisco trocaram o conforto da família para viver a corajosa opção de seguir Jesus na mais absoluta e total pobreza. De sua resposta generosa, teve início na Igreja a grande Família Franciscana, com sua mensagem de paz e de amor, hoje espalhada no mundo inteiro.Realmente o melhor filme sobre a vida dos grandes santos: Clara e Francisco, que mostraram que para seguir a Cristo é necessário levar a Cruz a cada dia e reconhecer nos mais pobres e nos doentes a figura do Cristo sofredor que se identifica com os marginalizados dizendo:"Tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber".
Comprar:http://www.paulinas.org.br/loja/DetalheProduto.aspx?idProduto=8634
Ver Online:Parte 1: http://www.youtube.com/watch?v=10t-pozIKPo
                Parte 2:http://www.youtube.com/watch?v=gfFkIVn6378
O Apóstolo Pedro
A produção conta o drama de Pedro ao tentar divulgar o cristianismo por todo Império romano, além de retratar a sua forte amizade com São Paulo. Juntos, os dois homens tornam se santos e ajudaram a mudar a historia da humanidade ao divulgarem a religião mais popular de todos os tempos numa época em que Roma já enfrentava a crise.
Download:http://gloria.tv/?media=85271